A vida do poeta tem um ritmo diferente(...)
Ele é o etemo errante dos caminhos
Que vai, pisando a terra e olhando o céu
Preso, eternamente preso
pelos extremos intangíveis" (Vinícius de Moraes, do poema "O poeta")

quinta-feira, 19 de abril de 2012

As novas roupas do imperador



Afinal quem se curva diante do imperador?

Há quem diga que no Japão,  todos

Menos  o professor

Há quem diga que é uma meia verdade

De um para o outro e vice-versa

Rodo o Google,  nosso “mestre” de hoje

E não se esgota essa conversa. 

No Brasil, a pedagogia moderna

Tapa, com a peneira, o sol da baderna

Esse sol,(ainda é  o astro rei?)

É testemunha do que(não) ensinei. 

Porque  o professor é um engessado,

Não sabe seduzir os alunos

É ultrapassado...

Só sabe gritar e reclamar

Com pobres rimas,

Pobres não,  “paupérrimas”,

 uma palavra que nem mais se  ensina,

 assim como “enciclopédia”. 

Mas também quem mandou

você  enxergar o rei nu?

É bem feito! É  por isso que alunos te  mandam
Na lata da Coca, trocar a vogal
 Lá bem no final de Bangu... 

Quem mandou insistir no texto e relutar nesse triste contexto?

- É  pra copiar? Poxa, você veio?

-Ah! Tire uma  licença, professor!

 mais divertido e sedutor

-Ser  poposuda ,  chutar uma bola, ter uma BMW...

-Faça-me o favor! 

-Pare de rimar no meu ouvido

-E seja finalmente doutor

Para não se curvar  diante da blitz

Com  roupas  mágicas  de  imperador!






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