A vida do poeta tem um ritmo diferente(...)
Ele é o etemo errante dos caminhos
Que vai, pisando a terra e olhando o céu
Preso, eternamente preso
pelos extremos intangíveis" (Vinícius de Moraes, do poema "O poeta")

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Precisando...

1. Pôr em prática  o lema de Benjamim Franklin Ramiz Galvão(o barão que dá nome à minha escola de origem):


"LABOR ET FIDES" (trabalho e fé);




2.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

#aosmestrescomcarinho#



o bom dos trinta,
dos estudos da língua
e da nossa maravilhosa profissão 
não é uma sensação qualquer:
É desespero, decepção, sobrevivência
aí depois, tira-se uma licença poética... pra
#poderporacerquilhaondeecomoquiser#

As linguagens, os códigos e as novas tecnologias...


Aquele momento em que você pede a um aluno uma redação dissertativa para melhorar a sua nota final do bimestre. Aí, me vem o cabra, e copia um texto de qualquer livro ou da internet; e ainda  pra ficar “mais convincente”,  inicia com “era uma vez”...?

CONTE-ME COMO É SER UM  PALHAÇO QUE FALA GREGO PARA AS PAREDES  PARA PESSOAS QUE ACHAM QUE VOCÊ ACHOU SEU DIPLOMA NO LIXÃO DA AVENIDA BRASIL...
P.S1 Faltou a ilustração! Eu não sei desenhar...
P.S 2. Desculpas aos “palhaços”; pois é um ofício mais do que digno. É só  uma infeliz força de expressão...!  # metiraostubos#

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Esse intertexto e essas rimas...que não me fogem


De vez em quando, revejo o Vando
Poxa, eu queria que ele me esperasse amanhã...
Num Globo de Ouro, recordando, vivendo
Quebrando com dentes, sem medo , descarada,
Espatifando  o doce da maçã...

É  porque agora está na moda,
ser "vintage", pós-moderno, simpatizante, retrô...
mesclar com a palavra “foda”
Pôr tudo no ventilador...
Denunciar, declarações no Fantástico
Caramba, até a Xuxa tem 
seu depoimento nada fodástico!

Talvez por isso, o nome,  o canal
Esse em que vivo, nem sei pra quê
É Clarice , eu também não queria muito,
essa psicografia pornográfica entender...

E  acabo  sem querer,  por  ligar  essa   tevê a cabo
O Otto me avisou e eu caí , porque não sou nordestino, nem
bem alimentado

Eu sempre caio, e  me vem esse nutriente,
Essa resistente, fidelíssima  rima
De quebrar dente, torpe, indecente
Que não me foge nem sai de cima

Renato, please, me explica
como eu faço pra rimar "romã"  com "travesseiro"
não apertei nem acendi...
falei com as paredes o dia inteiro.

Agora veja, minha cara Sandy,
Como o anonimato é sem graça:
Não ganharei nenhum tostão
Pra mostrar meu lado devassa! (Luciene Sant’Ana)


Me Adora (Pitty)
Tantas decepções eu já vivi/Aquela foi de longe a mais cruel/Um silêncio profundo e declarei:/Só não desonre o meu nome!/Você que nem me ouve até o fim/Injustamente julga por prazer/Cuidado quando for falar de mim
E não desonre o meu nome/Será que eu já posso enlouquecer?/Ou devo apenas sorrir?/Não sei mais o que eu tenho que fazer/Pra você admitir/Que você me adora/Que me acha foda/Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora/Que me acha foda/Não espere eu ir embora pra perceber/Perceba que não tem como saber/São só os seus palpites na sua mão/Sou mais do que o seu olho pode ver/Então não desonre o meu nome/Não importa se eu não sou o que você quer/Não é minha culpa a sua projeção/Aceito a apatia, se vier
Mas não desonre o meu nome/Será que eu já posso enlouquecer?Ou devo apenas sorrir?Não sei mais o que eu tenho que fazer/Pra você admitir/Que você me adora...







domingo, 20 de maio de 2012

libertas quae sera

Como é bom
Mandar tudo às favas:
Aquele telefonema que você esperava
Aquele e-mail que você leria mil vezes
Aquela resposta de emprego
O descobrimento do segredo
Aquele comentário na sua publicação
Aquele desejo da carapuça servir ao outro e que, no fundo,  seria
em vão...

Tudo às favas: os invejosos, os “poderosos”
Os campeões, os julgadores, os vingadores
Os cretinos, os meninos, os não correspondidos amores
Os hipócritas, os  idiotas, os agiotas preconceituosos de plantão

Tudo  tudo às favas.  Aos leões com eles. Como é bom! (Luciene Sant'Ana)






sábado, 19 de maio de 2012

Por que que a gente é assim? (Barão Vermelho)

Eufemismos me venham
para dizer
que o Frejat está lindo
que a música diz tudo
tarde ou cedo
claro, no escuro
cadê a  tomada que procuro? (Luciene Sant'Ana)



Copiar calar salvar



Saudade do tempo em que
Descobria desenho em nuvens           
Quando crescemos, passamos a ver tudo nublado
E desaprendemos a desenhar...
Digo , por mim, nesse plural sem modéstia
Não colarei  palavras, cuidar é o que me resta

Eu, tão cheia das palavras, na reunião dos pais
Passado um  minuto,  de nada me lembro mais...

Mas o  pensamento tem que ser positivo
Diz a psicossomática...
“A palavra é prata”
“O silêncio é ouro”
Um dia, quem sabe,  encontro esse tesouro?

Pra sobreviver e achar a saída no labirinto da rima
Será que acho algum remédio em toda a medicina? (Luciene Sant'Ana)








quinta-feira, 17 de maio de 2012

Paradise (Coldplay)

"Santidade de escrever/, insanidade de escrever/Equivalem-se./ O sábio equilibra-se no caos." (Drummond)


Ainda chegarei lá...

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Poema em linha reta (Fernando Pessoa)

Depois de um dia como o de hoje...esse poema que é um dos meus preferidos! E essa interpretação...sensacional do Osmar Prado! Fernando Pessoa em novela da Globo...valeu, Glória!
Eu conheço tanta gente assim!


"A barata diz que tem sete saias de filó/ é mentira da barata ela tem é uma só/ ah  ah ah/ oh oh oh/ ela tem é uma só..."


Nunca conheci quem tivesse levado porrada
todos os meus conhecidos tem sido campeões em tudo
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.



Aviso aos leitores

Quem vier, de vez em quando, reveja as postagens antigas

é que , às vezes volto e mudo...pra desviar das internas  intrigas!

Beijos poéticos!

terça-feira, 15 de maio de 2012

O passe da mágica do jogador de palavras

  "Tudo na vida é passageiro. Menos trocador e motorista" (Frase de caminhão. Autor desconhecido. Viva a sabedoria do humor popular!)



Na dúvida,  não entenda

Feche a página, pule  a fenda

Vontade dá e passa...

O tempo de aula da pior turma passa

A saudade no amanhecer passa

A dor de cabeça, a raiva, o desejo da  vingança

A pirraça da criança... o trem, a culpa, a esperança

A roupa preta da viúva que nem se usa mais...

Aquele chato comercial, o tenebroso temporal

tudo  tudo  passa

Tudo parece passageiro...

mas nós, poetas fingidores

Como Fernando,  essas pessoas...

São cretinos motoristas ou  trocadores ?
Visionários de inexistentes cores

esses, por vezes, passam do ponto...bem na hora do (re) (des)encontro...

E como se não bastasse,  não passam sem tropeçar:
Na pedra de Drummond
Nos perigos da vida de Vinícius
Nos olhos nos olhos do Chico

No nosso amigo Enock tão meu e do Baleiro
Na morte e vida severina de João Cabral
 Etc e tal

(somos serviçais ,mesmo, Camões, de quem vence o vencedor...)

Eu sei que é uma baita pretensão, me misturar nesse esquadrão
Mas vale tudo, não é Tim Maia?
Na página em branco estelionatária!

Eis a nossa sina amarrotada
na roupa séria, disfarçada.    (Luciene Sant'Ana)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

"clímax" literário!



SENSACIONAL!

Entender é limitado (Clarice Lispector)

Saudades do programa "Provocações" do Antonio Abujamra...ele declamando um poema, a cada fim de programa, era perfeito!


"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo." (Clarice Lispector)


Adoro esse tom de leitura dele! Amooooo!!!! E Clarice, como sempre, mais que perfeita!

domingo, 13 de maio de 2012

As moscas do nosso baú



Pra começar/terminar a semana

amo necessito cantar rezar (m)orar morrer

e renascer nessa música! Amém Paulinho,

às favas se ficou pobrinho trocadilho:

acertaste  na mosca,

que vez por outra,

vem lá do baú,

pousar em minha sopa.  (Lu, eu mesma)

                                                   Tudo novo de novo ( Moska)
Vamos começar/  Colocando um ponto final/  Pelo menos já é um sinal/  De que tudo na vida tem fim
Vamos acordar/  Hoje tem um sol diferente no céu/  Gargalhando no seu carrossel/  Gritando nada é tão triste assim/É tudo novo de novo/  Vamos nos jogar onde já caímos/  Tudo novo de novo/  Vamos mergulhar do alto onde subimos/Vamos celebrar/  Nossa própria maneira de ser/  Essa luz que acabou de nascer/  Quando aquela de trás apagou/E vamos terminar/  Inventando uma nova canção/  Nem que seja uma outra versão/  Pra tentar entender que acabou/Mas é tudo novo de novo/  Vamos nos jogar onde já caímos/  Tudo novo de novo/  Vamos mergulhar do alto onde subimos


Fluidez às avessas

Essa é do baú...escrita há uns 15 anos atrás!



Fluidez às avessas


E sempre eu a enrolar a mesma linha

e a abrir a mesma porta

e a regar a mesma horta

e a chorar sempre sozinha


E sempre eu a vasculhar o mesmo quarto

a percorrer a mesma rua

sem alguém para dizer: ”tua”

no quebrar dos mesmos cacos


E já não digo nem meu nome

Que já some no silêncio das tardes

Na energia das noites

e nas saudades das manhãs.              (Luciene Sant'Ana)


Irene no céu( Manuel Bandeira)

Uma singela  homenagem à minha aluna Renata... Perfeito é esse poema lido pelo Abujamra, o eterno Ravengar.





Irene no Céu


Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.

Imagino Irene entrando no céu:
- Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
- Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.



"É tão estranho/ os bons morrem antes..."

sábado, 12 de maio de 2012

Regra Três


Composição de Vinícius de Moraes e Toquinho

(Ê "poetinha" encantadoramente devasso...) Um clássico dos clássicos...

 

Tantas você fez 

Que ela cansou

Porque você, rapaz

Abusou da regra três

Onde menos vale mais

 

Da Primeira vez 

Ela chorou

Mas resolveu ficar

É que os momentos felizes

Tinham deixado raizes

No seu penar

Depois perdeu a esperança

Porque o perdão também cansa

De perdoar

 

Tem sempre um dia

Em que a casa cai

Pois vai curtir

Seu deserto vai

 

Mas deixe a lâmpada acesa

Se algum dia a tristeza 

Quiser entrar

E uma bebida por perto

Porque você pode estar certo 

Que vai chorar

 

Caso ou compro uma bicicleta?

Sabe aquele momento em que vc não sabe se casa ou compra uma bicicleta?

Aí é melhor calar a boca...e só ouvir os mestres, os cânones, os sábios consagrados...
"Certas canções que ouço/cabem tão dentro de mim/ que perguntar carece: como não fui eu que fiz ?"

Essa música é meu verbo,  meu presente mais que perfeito!
HAAAAAAAAAH!
                                       Roda Viva(Chico Buarque) 
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...(4x)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Seu pensamento (Adriana Calcanhoto)

Dispensa e repensa comentários...Um mantra pra ouvir antes de dormir e recarregar...depois de um dia pétreo, pesado...o que seria de nós se não fossem o pensamento e a imaginação...esses refúgios que nos salvam...?

A uma hora dessas/  por onde estará seu pensamento/Terá os pés na pedra/  ou vento no cabelo?
A uma hora dessas/  por onde andará seu pensamento/ Dará voltas na Terra/ ou no estacionamento?
Onde longe Londres Lisboa/ ou na minha cama?/A uma hora dessas/  por onde vagará seu pensamento/  Terá os pés na areia/  em pleno apartamento?A uma hora dessas
por onde passará seu pensamento/  Por dentro da minha saia/  ou pelo firmamento?
Onde longe Leme Luanda/  ou na minha cama?

Guardar (Antônio Cícero)

Poema perfeito( e tão pertinente!)  do Antônio Cícero...uma oração aos poetas incorrigíveis  de plantão...

                           Guardar



Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso, melhor se guarda o vôo de um pássaro
Do que de um pássaro sem vôos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.

                                                                                                         (Antônio Cícero)

terça-feira, 8 de maio de 2012

Facebook, aquele que quebra o espelho da madrasta


Eu demorei  pra me render

a esse espelho do prazer

é porque  sou  uma balzaca do século passado


em que um amor platônico, era sem rosto
era um mundo privado...
Dava trabalho descobrir: lista telefônica,
ou a pessoa , literalmente,
você tinha que seguir
mas tudo, claro, à espreita,
pra coisa ficar com gosto e perfeita!

Agora, aqui tudo pode ser lindo! Chorar? Só de emoção "para nossa alegria"...
Todos têm uma frase, uma filosofia...
Todo mundo trabalha, tem um  "relacionanento sério"
ou se ainda não tem, deve haver algum bom mistério
De paixão que chegou,  que se foi ou que com certeza renascerá
Gente, aqui tudo pode ser um filme, "é gratuito e sempre será"!
Aqui ninguém é uma ilha...bateu um bode? Pegue uma consoladora frase
 e, "fato": compartilha!
Ou envie uma solicitação de amizade
para quem de repente, vc teve saudade...
Faça juras de amor perfeito
para quem você, naquele dia, nem sentiu o pulsar do peito...
E  também, vc pode via celular...esse nunca vai te abandonar
Para ele  até se admite: “Voltando pra casa, triste, cansada”
Mas logo tudo se resolve, vem com ele a varinha da fada
E o dedo não se cansa  de brincar como criança...
Nesse joguinho, o mundo, amor, não é um moinho,
 é um passatempo analgésico,  portátil
um papinho , engraçadinho com o amigo fica fácil...
Vc pode escrever abreviado e ser tudo o que quiser:
Até  "curtir" a sua "amiga" de infância; ela mesma, a  linda mulher!"

(FICO DEVENDO A MINHA FOTO(ESTÁ NO MEU FACE, CLARO!) COM A  JULIA ROBERTS NO MUSEU DE CERA em Londres...EM BREVE POSTAREI.  RSRSRSRS)



Eu fui...! rs

domingo, 6 de maio de 2012

A lua não é sua, ela é nossa


"Do you hear me, I'm talking to you
Across the water across the deep blue ocean
Under the open sky oh my, baby I'm trying" (Lucky, Jason Mraz)


Aí você chega e diz:

Vou deixar esse fato aqui

Quem sabe você e ele

Possam se cumprimentar  na rua?

A lua é nossa,  não é  só sua

Seja mais compreensiva  com pessoas radioativas...

Qual é mesmo o seu horário?

Não estou te vendo estudar...

Já passou aquela roupa?

Esse é todo o seu problema?

Teu emprego é garantido!

Não precisa se estressar

A casa é fácil de limpar!

Venha ver aquele filme
Saia desse computador
Você é tão inteligente!
Passa em qualquer concurso

Por que está sendo grossa?

A lua não é sua , ela é nossa!

Não abasteça nesse posto

Não cubra muito o seu rosto

Volte para casa logo

Você não me dá atenção!

Já ligou pra tua irmã?

Mas antes vamos ao  Japão?

Só pra desestressar,

A gente vai rapidinho, a gente volta  amanhã!



sexta-feira, 4 de maio de 2012

Eu, temporão


               “Não teve a menor graça/ tudo isso eu sei que passa/mas não passou/ eu não sou nenhuma santa...” (Silvia Machete)

A palavra  “temporão”, eu cresci decifrando

Palavra um tanto forte devorando aquele bebê...

Assim como o “indispensável” ao motorista me intrigava,

Quando, muito cedo,   aprendi  a  ler...


Aí... fui crescendo e minha guerra se declarou

para o tempo e o espaço, em versos brancos:

Nasci tarde,  falei cedo. Na escola, um ano “adiantada”

Eu falava demais, me interagia de menos, embaixo da mesa

Eu brincava comigo mesma, mas ainda assim andei de bicicleta.


O meu cabelo, esse manto, cortado cedo, virou um pano,

Sedoso e lindo  no imaginário

Aí já era...o temporão fez jus ao nome:

 era um ser literalmente estranho,  extraordinário.


Na adolescência, pros outros “um prodígio de menina,

 sempre estudiosa . Muito madura pra sua idade!”

Que paradoxo curioso, entre a aparência e a verdade!

Eu me achava pior que todas: o caderno não enfeitado,

O cabelo reprovado, o gesto envergonhado, o beijo nunca dado.

“Mas a menina é uma santa!

Passou no vestibular... poderia se lançar na vida,

Mas preferiu nos livros ficar...”


Esse paradoxo curioso entre a aparência e a verdade

Se desfez(talvez) um pouco mais ou menos  tarde...

A professora de(o) (a) (I) raque

Que adorava lavar o banheiro

Atrasada e adiantada, não respectivamente, na bio//tecnologia,

Hoje quer uma empregada ,  dia e noite, noite e dia

Para lhe apagar o quadro da beleza interior

Que afinal, ela aprendeu,   só interessa a decorador...


Dia e noite,   noite e dia,

 Ai, se eu te pego, empregada! Assim você me mata!

A festinha de aniversário do cãozinho da Vera Loyola

É muito mais sã  e  divertida do que a loucura da escola

Era só isso tudo o que, hoje, ser eu queria: a burguesinha  do Seu Jorge,
a  viver de poesia.       

 "California gurls/  We're unforgettable/  Daisy Dukes  Bikinis on top/  Sun-kissed skin  So hot/  We'll melt your popsicle/  Oooooh Oh Oooooh (Katy Perry)

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A voz de um homem( "Coisas que eu nem sei contar...")


"dessas que a gente tem ciúme/ e se encharca de perfume/ faz que tenta se matar(...)/


A voz de um homem percorre meio caminho do corpo,

Atira a santa que não somos do mais alto pedestal...

Retira tudo o que dissemos do discurso feminista...

De quem queimou sutiã na praça! Eram tolas  masoquistas.


A voz de um homem inaugura a intenção de sermos  frágeis...

Mas só de mentirinha,

gozando  da vida só o lado doce da mais tenra menininha...


Essa voz que , meio caminho das sensações, já é andado

Destrói a guarda do nosso juízo,

Desfaz o tempo , num reino eterno

Acorda os poros , nos estampando como numa capa do mais  lido  jornal

Nos  amanhece e realiza  na  fantasia que só guardei

E   nunca (o)usei no  Carnaval.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

O sono que nos salva



Ainda bem que o sono chega
e nos faz esquecer




Ainda bem que o sono chega
e nos faz lembrar....




Ainda bem que o sono vem
como o senhor das renúncias
e como o algoz das denúncias
de nós a nós mesmos.




Ainda bem que o sono tem
essa irresistível sensação de morte natural.



terça-feira, 1 de maio de 2012

O (tr)avesso dos ditados


Dizem que não se deve mexer em algo

Que não cheira bem...

Pois que esse cheiro,  destruirá o teu cuidado inteiro.

De outro lado, o cheiro do bombom, da bala, do sorvete,

Destrói a firmeza da dieta,

Do paladar aguçado desse coração (atl)( pat)eta.



Assim, é melhor ensacar tudo e correr atrás da caçamba

pois que muitas vezes o "barato" sai caro pra caramba!



Que chuva, nesse feriadão! E essa letra e voz...