A vida do poeta tem um ritmo diferente(...)
Ele é o etemo errante dos caminhos
Que vai, pisando a terra e olhando o céu
Preso, eternamente preso
pelos extremos intangíveis" (Vinícius de Moraes, do poema "O poeta")

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Pegando o próximo retorno...

Chega um dia em que você não tem mais a quem pedir conselho
Se não a si mesmo
em que você não tem mais como pedir análise, opinião
se não a si mesmo
em que você já não tem mais "todo o tempo do mundo" para deixar a decisão pra  amanhã
em que já se esgotaram as perguntas, os prazos, a tolerância dos atrasos
aquele momento em que nos vemos numa ponte entre o fio frágil e duro da vida e as consequencias tão mensuradas e que, por fim, não são, não dão em nada,
por quê, pra quê? Uma falta não é um pecado mortal
Dane-se tudo, etc e tal... eu não sou  o "arquiduque",
apenas essa metida à besta "lenta vírgula rastejante"
que morre de dor de cabeça...
Os celulares,  essas "células", também não tem que se recarregar?
aquela triste constatação de que ao pó voltaremos...
E parece que todos são mais fortes e superiores a você...
E entre essa certeza e a obrigação de viver,
você se machucou, se  matou à toa...
se esqueceu de que é só uma pessoa...

Chega um tempo em que nem um poema te salva do afogamento
E o que se faz nesse momento?
O próximo retorno...talvez seja o caminho...
E o que dirá meu Deus, meu juiz?
(um dos piores poemas que já fiz)   (Luciene Sant'Ana)

Um comentário:

  1. Olha... Você é um talento perdido...
    Minha garota... não sei te mereço...

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"Pista vazia esperando aviões..."